Ser ordinário ou fazer a diferença, uma questão de escolha
Já perdi a conta de quantas vezes me disseram “ah, mas você é empresário” para justificar alguma conquista ou algum movimento que fiz ao longo da última década. A verdade é que não existe romantismo algum em ser empreendedor no Brasil e as pessoas não fazem ideia do quão árduo é e a quantidade de sacrifícios que precisam ser feitos, principalmente no nosso país, para se chegar a algum lugar.
Mas se tem algo que aprendi ao longo da minha carreira, seja como executivo em grandes empresas ou como empresário, é que para fazer a diferença, você precisa fazer diferente.
Só que fazer diferente tem um preço, pois não é fácil, não é óbvio. E para isso, você precisa focar no presente, nas oportunidades que estão ao seu redor, e buscar encaixar essas oportunidades nas suas habilidades, de forma que você consiga mudar ou melhorar algo que era feito de outra forma anteriormente.
Por isso digo que sucesso profissional, não tem NADA a ver com PAIXÃO, como muitos palestrantes de internet gostam de dizer, mas sim com a capacidade de identificar oportunidades de melhorias em processos, produtos ou serviços que outras pessoas ainda tenham enxergado até então e colocar toda determinação e energia possível para resolver aquele problema, ou criar aquele produto ou otimizar aquele serviço, de forma tal, que uma grande parcela dos potenciais clientes perceba como, de fato, uma grande evolução vis a vis o que eles conheciam até aquele determinado momento.
O amor e a paixão são consequências desse encaixe e não a causa. São pouquíssimas as pessoas que de fato terão a paixão como drive inicial, pois na maioria das vezes, a sua paixão, suas habilidades e principalmente, as oportunidades, não irão se encaixar.
Dito isso, quando for fazer diferente, em um primeiro momento, as pessoas desconfiarão de você, você será provavelmente criticado, você certamente não agradará a todos, mas se você acreditar, verdadeiramente, no que está fazendo e souber escolher as pessoas certas para estar ao seu lado e tiver claro o “gap” que está preenchendo, colocando o máximo de energia durante um bom tempo naquele processo, dificilmente você não será reconhecido.
Quando montamos a MM12 há 9 anos, escutamos muita coisa do tipo: “sem nome e sem pessoas do mercado publicitário é impossível”, “o mercado de agências é muito fechado”, “as empresas só contratam agências de renome”, “No Brasil só 10% das novas empresas passam do segundo ano de vida, sem investimento então esquece” e por aí vai.
Mas tínhamos claridade que existiam gaps latentes no modelo de atendimento das agências tradicionais e que, ecossistemas de Loyalty, em um mundo cada vez mais digitalizado, se tornaria uma ferramenta essencial para a estratégia de grande parte das empresas no mercado. Havia paixão envolvida? Não. Mas tínhamos uma vontade gigante de fazer diferente e seguimos em frente, obsessivamente.
Definimos os valores da empresa, em cima desses valores criamos o nosso propósito de levar um atendimento tão diferenciado que os clientes se sentissem como fazendo parte de um mesmo time e quase 10 anos depois, com muita barreira no meio do caminho, nos tornamos uma das maiores empresas de Loyalty do Brasil, sem nenhum tipo de esforço comercial, crescendo através do boca a boca dos nossos clientes, com 4 Ouros consecutivos na maior premiação do segmento no país e mantendo a mesma vontade de seguir em frente e fazer a diferença que tínhamos no primeiro dia de empresa.